Um quebra-cabeça completo

Não há erro na criação. O fabricante não errou. Não existe a peça que não se encaixa. Mais cedo ou mais tarde tudo se ajusta. A peça de quebra cabeça vem sendo utilizada para demonstrar a complexidade do autismo e seus diferentes espectros, que caracterizam o TEA (Transtorno do Espectro Autista). O logotipo do quebra-cabeça foi usado pela primeira vez em 1963 e popularizado pela Autism Speaks, a maior organização de defesa do autismo nos Estados Unidos. A ideia é simbolizar que pessoas autistas são difíceis de compreender (como um quebra-cabeça).

Nos últimos meses, o autismo vem ocupando parte de minha agenda e atenção. Tenho dedicado energia em buscar maneiras de apoiar as pessoas com autismo e suas famílias a transpor o desafio do preconceito. Acredite, são muitos.

O maior deles é de que não estamos falando de uma doença, mas de um transtorno que pode ser tratado, levando as pessoas a ter uma vida equilibrada e saudável. Os estigmas são muito comuns pelo pouco conhecimento a respeito do TEA e a dificuldade de diagnóstico pela medicina.

Pesquisa recente, divulgada em 26 de março nos Estados Unidos pelo Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo, mostram uma prevalência de 1 autista para cada 54 crianças de 8 anos. Porém, para se chegar a uma definição são necessários vários exames, além da dificuldade de encontrar profissionais capacitados para avaliar o transtorno na rede pública e privada.

A pessoa com autismo desenvolve características e atitudes peculiares e marcantes, apresenta dificuldade de interação social e comunicação, e uma “forma literal de agir", que soa como inflexível.

Assim, quando ela chega à idade escolar e entra num ambiente de intensa sociabilidade, as dificuldades, conflitos e reclusão tendem a aumentar. Por vezes, as crianças com TEA são consideradas desobedientes, mal-educadas ou rebeldes. Daí a importância de que os profissionais da educação sejam capacitados para lidar com isso.

Infelizmente, sabemos que a realidade não é a ideal. Até para fazer cumprir a lei federal (12.764/12) que garante a presença de outro profissional na sala de aula, acompanhando o autista, os pais encontram dificuldade. Por conta disso, apresentei dois projetos de lei para garantir em Vitória o acompanhamento multidisciplinar ao aluno com autismo dentro da escola (PL 44/2020 e 50/2020) e uma proposta para que a Secretaria de Educação crie um Centro de Ensino para o TEA (5.898/19).

É necessário ouvir quem tem se especializado no tema, propor novas práticas, políticas e hábitos que nos tornem mais conscientes e compreensivos para lidar com o universo de quem é diferente de nós. Só assim vamos evoluir como pessoas e sociedade.

Davi Esmael (PSD) é vereador de Vitória 

 

Data de Publicação: quarta-feira, 29 de abril de 2020

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